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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

4 anos

Hoje fazem 4 anos que eu saí de casa para estudar fora, e antes de tudo isso, eu sempre fantasiava como seria morar sozinho. A verdade é que tudo o que você conhece como realidade muda a partir do momento em que decide deixar a casa de seus pais, quando assume a decisão de ter ser o ser próprio lar.
Eu vivi muitas coisas, aprendi outras, mas o segredo sempre foi tirar lições positivas de tudo o que eu vivenciava e assim, evitar cometer outros erros no futuro.
No começo era sempre tudo perfeito. Imagina, eu com 18 anos morando sozinho e fazendo tudo o que eu quisesse? Só que logo depois eu percebi que tudo isso não passa de bobagens fantasiadas pela nossa cabeça. Porque com essa tal "liberdade", também vieram as responsabilidades e aprendi que existem problemas que acontecem de formas inesperadas e que tudo o que eu fizesse, eu teria de sofrer as consequências.
Percebi o quanto a solidão incomoda quando eu desligava a TV e não tinha ninguém com quem conversar, o quanto os domingos são tediosos, e que se você não fizer os seus deveres de casa, não vai ter ninguém pra fazer por você. Então, toda aquela ansiedade e expectativa de morar sozinho, foi passando, foi perdendo a graça e dando lugar pra saudade. Que minhas noites não se resumiriam apenas a noites de bebedeiras, mas sim por noites estudando e fazendo trabalhos da faculdade. Como eu era mais feliz quando morava com os meus pais.
Aprendi que faxina com música alta pode ser uma ótima terapia. Que meias sujas, quando viradas do avesso,  se transformam em meias limpas. Que a despensa não se enche sozinha e existem outros setores além do de doces no supermercado. Que o gás um dia acaba. E que comidas práticas e nada saudáveis sempre irão te salvar nos dias de cansaço.
Andar de cueca ou pelado em casa sem se preocupar é ótimo, porém você se odiará muito quando esquecer de levar a toalha para o banheiro e não tiver para quem gritar. Também é importante que se prepare para perder o horário algumas vezes, já que ninguém te acordará caso o teu despertador não toque.
Não te contarão que você, que sempre odiou feijão, vai se pegar num dia qualquer sentindo falta daquele que só a sua mãe sabe fazer. Inclusive, você sentirá saudades até das brigas com ela. Das implicâncias. Do fato de estar perto, mesmo que sem nenhuma conversa, simplesmente por estar.
Talvez te digam que o silêncio é bom, mas não te lembrarão de que silêncio demais enlouquece. Que pode ser meio solitário não ter com quem dividir uma pizza. Ou que olhar pro lado e se perceber sozinho no meio de uma multidão é uma das piores sensações, já que ninguém ali faz ideia de quem você é.
Nesses 4 anos, acho que cresci por uns 10, no mínimo. Mudei. Acabei descobrindo muitas coisas, e com tudo isso, achando tempo para me descobrir também. Fui para casa várias vezes, viajei bastante, porém tenho consciência de que a maior viagem que fiz foi dentro de mim mesmo.
De tudo isso, o que fica é uma grande experiência. Saudade dói, e dói muito! O novo assusta, mas é nessas horas que a gente aprende mais – nem que seja na marra – e começa a gostar da nossa própria companhia.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O GRANDE DIA


(Dê o play antes de ler...)


Segue o clichê: Hoje é um dia muito especial. - Não. Ele não é clichê, Rapha. - Tudo bem. Hoje acordei e senti algo diferente. Não sei se foi o sol que peguei pela manhã, ou se foi a chuva forte que veio a tarde. Hoje. Hoje foi um dia diferente. Eu estava feliz. Muito feliz.

Quando acordei, não veio aqueles pensamentos aleatórios e nem a ansiedade de vivera vida. Foi diferente. Hoje foi diferente. Hoje acordei e lembrei do Junior. Sim, daquele rapazinho que escrevi algumas coisas neste mesmo lugar, nessas mesmas teclas a quase um ano atrás. Junior... Antônio Junior. Acho lindo esse nome. É o nome de um dos meus melhores amigos, cujo esse texto se remete. Hoje acordei com o lembrete mental de que justo nesse dia, ele completava mais uma volta ao redor do sol. Sol. E que por coincidência, ele é tão bonito quanto o nascer do mesmo.


Bom, eu não sou muito bom com as palavras quanto você, mas vamos lá...

Se tem um conselho que eu posso te dar, esse conselho é… Faça tudo errado. Experimente se apaixonar por quem não te quer, pelo cara que ama a sua melhor amiga ou que seu amigo é loucamente apaixonado. Namore escondido, seja traído, traia. Viva um tempo solteiro, saia com seus amigos um dia apenas para dançar, outro para sair beijando. Um dia deixe ser julgado, no outro não se importe com nada. Viva com instintos, morra dentro do quarto com medo de sair de casa. Chore pelas decepções, faça uma playlist das músicas deprimentes e force ainda mais o seu choro. Tenha um porre de cada tipo de bebida. Erga-se mais forte. Jure para você mesmo que não se apaixonará por aquele tipo de cara. Fique com um cara que não tenha nada a ver com o seu estilo. Termine um namoro com uma grande briga. Jogue a aliança na parede. Apaixone-se novamente por aquele tipo de cara que você jurou não se apaixonar. Termine e escute a sua amiga dizendo que te avisou. Grite com todos, namore alguém que as pessoas sejam contra. Planeje o seu casamento com o seu primeiro amor. Prometa a ele que se casarão em frente a Torre Eiffel. Acabe com essa ilusão. Retome essa vontade anos depois com a pessoa certa. Vá ao cinema apenas para beijar. Vá no outro dia para fazer sacanagens. Provoque. Deixe-se ser provocado. Minta um dia. Acredite na mentira no outro. Faça amor no primeiro encontro se tiver vontade. Tenha um namoro que não passe de beijos sem sentido. Falem a mesma coisa ao mesmo tempo. Xingue. Dê um tapa na cara. Repita todos os passos que mais o fizeram bem. Prometa a si mesmo que nunca mais namorará e que seu foco agora é o profissional. Passe dois meses, deixe o seu coração falar novamente e se apaixone. Erre, mas erre muito. Não tenha medo de se arriscar e fazer o que sente vontade. É necessário passar por todas as fases e aproveitar cada uma delas, seja boa ou ruim – entender o que o universo quer te ensinar. Enxergar dessa maneira é um jeito de confortar sempre o seu coração. Fazer tudo errado com as pessoas passageiras, para fazer certo com a pessoa que realmente te conquistará. O coração precisa ser preparado para o amor. Prepare o seu. E nunca, jamais se esqueça que eu estou aqui. O seu príncipe mais lindo e fofo e chato desse mundo como você mesmo diz. Porque melhores amigos são assim. Sempre vão te fazer morrer de amores, mesmo nas piores situações. Eu te amo, e não vou te largar nunca, nem que você me peça isso. Distância? Ah.. Não há distância para o amor de uma amizade verdadeira. Eu te amo Junior Lima, seu chato.

Assinado, o seu melhor amigo mais lindo do mundo! <3

domingo, 26 de outubro de 2014

Um segredo

Dê o play antes de começar a ler:


Hoje acordei me sentindo diferente de como acordei nos últimos dias, não sei se sentia um alívio ou um peso maior ainda. Não sei se era felicidade ou uma preocupação maior. Porque não ser uma mistura disso tudo?

Tive uma noite linda com uma companhia que, pra ser sincero, era a única que eu queria ao meu lado. Tudo o que eu queria era que a noite não terminasse. Poder assumir tudo o que estou sentindo e despeja-lo em quem eu estou sentindo sem ter nenhum vestígio de pena.

Estive perguntando de onde saiu essa minha ideia e fascinação pelo "desapego". Depois de muito pensar, repensar, analisar, eu soube. Ah, entendi tudo. Sabe qual o meu problema?



Eu sou muito intenso. Não sei ser de menos, amar um pouquinho ou sentir pela metade. Não consigo guardar palavras nos pensamentos ou fingir ser algo que não sou só para parecer normal. Aqui é alma, corpo e coração. É se jogar no abismo sem o receio de não ter ninguém lá embaixo esperando por mim. Quero tudo muito, agora, anda! Vê se não demora, porque também não gosto de esperar. Aqui é oito ou oito mil. Se for pra ser, que seja demais, intenso, dê frio na barriga. Que seja rápido, repentino, gostoso. Que me jogue na parede, puxe pelo cabelo e me leve para viajar no dia seguinte. Que seja algo surreal, que dê borboletas no estômago e me deixe querendo mais. Que seja faísca, fogo, incêndio. Que seja um amor gritante, insano e completamente, único. Mas se não puder ser tudo isso, que seja um nada. Que vá embora da minha vida antes mesmo de cruzar a soleira da porta. Gosto que me transbordem, e não apenas acrescentem.

Nós que somos intensos temos dois caminhos a seguir: o caminho mais fácil e o caminho mais difícil. O caminho mais fácil é o que escolhi desde o início, o desapego. Se é para ser tudo ou nada, que seja logo o nada. Que seja o desapego, a liberdade, a leveza de ser sozinho. Que seja o aprender do caminhar sem mãos dadas, o equilibrar sem apoio, o sorrir sem motivo. Que seja a valorização do eu, a preservação do coração, a armadura que previne o cupido. Que seja sozinho, mas que seja feliz. Se for pra ter um pouco, que não tenha nada.


E qual o caminho mais difícil? Ora, vocês já devem saber. A segunda estrada nos leva ao amor, ao tudo, ao intenso. Só os corajosos tem armas suficientes para combater os inimigos invisíveis que insistem em assombrar esse caminho tortuoso e sem volta. Agora vocês me entendem melhor? Se comigo é tudo ou nada, estou esperando alguém que mereça o meu ''tudo''. Alguém que me ensine a voar, cure o meu medo de altura, me dê as mãos. Alguém que não se importe com meu passado, sare as feridas, remende o coração. Alguém que assim como eu, se protegeu tempo demais, e agora vai se permitir viver - pela primeira vez.



E eu só queria ter falado tudo isso pra ele ontem a noite! Queria ter falado o quando eu o amo. O quanto eu me sinto vivo com ele. Sobre como ele faz eu perder o meu medo de altura. QUeria dizer que eu quero casar com ele, mas ão só casar. Quero ter filhos com ele e viver pra sempre juntos. Em uma vida linda, no conto de fadas que nós vamos escrever juntos. Porque eu não falei? Nem eu sei. Mas eu senti. Ah, como eu senti.


Rapha Goméz

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Traição

"Nunca diga nunca!" Isso sim é uma lição de vida. Mas vou ser mais direto: Nunca diga nunca. Nunca diga que nunca vai trair, nunca diga que nunca foi traído ou que nunca vai perdoar uma traição. Você não sabe o que uma dona de casa com três filhos sentiu ao decidir perdoar o marido. Você não sabe os motivos de cada um. Dizendo por mim, eu perdoaria. Pelo menos o Raphael de hoje tem maturidade pra isso. Pode ser que um dia eu leia essas palavras um dia e discorde completamente, pode sim. Eu mudo de opinião igual eu mudo de roupa. Mas me conhecendo como conheço, sei que pegaria nojo da pessoa por um tempo, choraria um rio inteiro. Perdoaria, mas não esqueceria. Não conseguiria ter a mesma admiração, o mesmo carinho, muito menos me livrar da vontade de querer nunca mais ver a pessoa. Personalidade forte é complicado. Sou perfeccionista demais, e não gosto que errem comigo. Mas eu perdoo mesmo assim. Eu consigo reviver tudo de novo. Se eu ver que vale a pena. Claro, porque não? Sou antagônico demais.  Uma hora é isso, noutrora tudo muda. Não gosto que errem comigo. Pelo menos, não assim.

sábado, 23 de agosto de 2014

Vortex



Mais um fim de semana pra mim se iniciou, e pra mim parece que ainda não me recuperei da ultima que passou e nem estou preparado pra o que vem a seguir. Mas quem se importa? Essa é a graça da vida, não é?

Eu sempre fui um cara que vivi o máximo, sonhei o mais alto, acreditei em unicórnios e no poder da sua mágica. Mas eu sempre soube que em tudo o que eu pudesse viver, tudo o que de mais lindo eu pudesse viver e por mais legal que as pessoas pudessem ser, ainda existiria o lado contrário da força. Mas eu nunca desistia, sempre me rodiei de pessoas realistas e racionais e eu sempre me questionava "Poxa, será que ele não está vendo que isso pode dar certo? Vai, arrisca!", eu sempre vi a mágica em tudo. Porque as pessoas são assim? Eu nunca vou saber. Mas isso fez eu refletir que eu sempre fui atraído pelo meu oposto. A minha mente criativa e sonhadora se encaixava perfeitamente na "armadura" dura e segura que as envolvia.

Eu aprendi a não acreditar nas pessoas. Eu descobri que sabia perdoar.



Eu, que era uma pessoa tão sensível e frágil, agora quebrou a cara. Nossa, tão novinho e já aprendendo coisa de gente grande. Eu tentava me convencer de que não era aquilo, de que eu estava enganado. PÁ! Quebrei a cara mais uma vez... PÁ PÁ PÁ PÁ PÁ PÁ PÁ!! Meu Deus, o que é isso? Como o ser humano pode ser assim? Porque algumas pessoas se divertem tanto em fazer isso com outras? É como se algumas delas sentissem realizadas em ver as outras pessoas derretendo, esgotando suas ultimas gotas de força. E outras fizessem aquilo sem querer, apenas por não conseguirem ser alguém melhor, ou não tentarem.

Fiquei inseguro. Descobri que preciso tomar cuidado!

Comecei a me vestir dessa armadura cuja eu sempre usava as dos outros, dessa vez seria diferente. Ah, como seria. Eu estava mais forte. Sempre que eu tentava me permitir a usar o coração novamente, as feridas doíam. NÃO RAPHA! Eu sempre me afastava depois, como uma forma de me proteger antes mesmo de tentar qualquer aproximação. Agora eu entendo porque os E.T's nunca se mostram. Eu só precisava manter uma distância segura das pessoas, um abraço forte, um "calma, eu não vou ser filha da puta com você". Não! Eu já havia ouvido isso antes.

Na verdade eu ainda nem sei direito o que eu escrever, são tantos pensamentos e sentimentos embaralhados. Bom, vamos resumir: Eu vivi um ano em duas semanas. Foram duas semanas que pareceram não passar, escutava o tic tac do relógio e me pegava contando cada batida que dava, na esperança daqui passar como num filme de 2 horas. Ouvi muito Coldplay. Assisti "Heartbeats" umas 10x. Cantei pro meu cachorro.

Espero que na minha próxima postagem eu traga lições positivas pra esse desabafo. Sim! Eu sempre vejo lições positivas em tudo.











segunda-feira, 17 de março de 2014

Segunda segunda




A semana mal começa, e já vivi toda ela em apenas algumas horas. Eu e minha mania de imediatismo, aff. A minha parte preferida disso tudo, é o aprendizado que eu tenho e as memórias (as vezes boas, as vezes ruins) que ficam e não saem mais. Gosto de analisar as memórias, sonhos e dores. Porque eu sei que tudo isso o que eu vivo ou sinto, me farão ser o que eu serei no futuro. Muitas coisas mudam, afinal, sempre achei que eu tivesse alma de camaleão. Muitas almas, muitas vozes, muitas cores, muitas personalidades e um perseverante transtorno de personalidade. 
Sempre achei que eu fosse apenas mais um na multidão. Mais uma história escrita na praia chamada "vida", e que um dia o mar viesses e apagasse tudo. "Já era Raphael! O que você tinha pra fazer, ou não fazer já aconteceu, (ou pelo menos tentou) agora o tempo acabou. A maré subiu." E a partir desse pensamento, sinto vontade de escrever mais, mesmo já com o caderno todo rabiscado e cheio de anotações em caneta vermelha por cima das histórias.
É, as vezes eu acho que corro de muita coisa que me faria bem. Eu não sei lidar com certas situações. Mas em contra partida, eu sou um rapaz corajoso. Apenas fecho os olhos e sinto o frio na barriga no carro saindo da estrada e despencando no abismo do "novo". Quem seria eu sem minhas metáforas, não?
Nesse novo capítulo da minha vida, vi muitas pessoas chegarem, outras partirem. E algumas que foram, era pessoas que eu amava, mas tive que deixá-las partir, afinal, eu não seria egoísta de querê-las só pra mim. Cada um segue com sua vida, cada um busca a sua felicidade. Vão pra onde a maré levar. E as vezes pra lidar com isso tudo, apenas deito na minha cama e olho pro teto. Tão branco. Tão intenso. Tão profundo. Vem! me traz respostas.
RESPOSTAS! Isso! É isso o que eu quero.

segunda-feira, 3 de março de 2014

segunda


Eu sempre fui bobo pra essas coisas do coração, me entrego muito rápido me apaixono na mesma velocidade, e acabo quebrando a cara. E com você não foi diferente.